Boletim nº 78
Boletim nº 78, 03 de maio de 2024
Motivação e balanço da greve dos Técnicos em Educação do IPPUR
Decorridos quase 2 (dois) meses de greve, os/as técnicos administrativos em educação (TAEs) do IPPUR apresentam os motivos que os/as levam a aderir à paralisação da categoria e informam sobre a atual situação das negociações. Entre as razões estão a condição de precariedade e de sobrecarga de trabalho na UFRJ – especialmente no IPPUR, que sofreu grandes perdas materiais desde o incêndio de 2016; a desvalorização da carreira; e a falta de representatividade dos TAEs nas instâncias decisórias das instituições de ensino superior, sendo o maior corpo social da universidade. Diante desta situação, os/as técnicos/as recuperam seu histórico de lutas e a importância das greves nas conquistas de direitos, bem como apresentam as pautas, gerais e específicas, do movimento grevista em curso.
“Terraplanismo” fiscal e a greve na educação
O professor Daniel Negreiros escreve sobre a necessidade de ampliação dos gastos públicos com investimentos em políticas públicas que assegurem o bem estar da população – saúde, educação, segurança pública, explicitando a insustentabilidade de o governo manter a postura de austeridade e de rigidez fiscal. Para isso, o professor debate as contradições dos discursos liberais anti-intervencionistas que desautorizam gastos com finalidades que levam ao bem estar da população, mas legitimam pagamentos que beneficiam instituições financeiras. Tais contradições chegaram ao limite com a crise econômica e social impulsionada pela pandemia de Covid-19, que obrigou os Estados a flexibilizar a política de austeridade fiscal e a investir em serviços públicos para evitar o colapso das economias capitalistas, sem os grandes problemas previstos pelos teóricos econômicos. Segundo aponta o autor, o “terraplanismo fiscal” abraçado pelo governo e pelo Novo Arcabouço Fiscal (NAF) está na base da crise de subfinanciamento das universidades que motiva o movimento nacional de greve na educação superior.
Trajetórias Profissionais Multidisciplinares no Campo de Públicas: Entrevista com Renata Bichir
Na primeira entrevista da série coordenada pela profa. Maria Aparecida Abreu (IPPUR/UFRJ), a professora Renata Bichir fala sobre sua trajetória acadêmica e profissional no Campo de Públicas, passando pela ciência política e pela sociologia política até se encontrar nas políticas sociais, tendo como ponto de partida os estudos sobre o espaço urbano e com um olhar sempre voltado às desigualdades. A professora também comenta as decisões que julga importantes em seu percurso desde a graduação e o papel da iniciação científica como base de sua formação enquanto pesquisadora. Aborda, ainda, como ela vê a importância de sua pesquisa no Campo de Públicas e as habilidades que considera imprescindíveis para quem se dedica a esse tema. Confira a entrevista na íntegra!
Aplicativo desenvolvido por doutorando do IPPUR organiza finanças de entregadores de plataformas
Foi lançado um aplicativo que organiza finanças de entregadores de plataformas, idealizado pelo doutorando do IPPUR Igor Vecchia, com recursos do CNPQ, FAPERJ e Labora/Fundo Brasil de Direitos Humanos. O aplicativo, chamado Meu Corre, já está disponível na Play Store e tem como objetivo auxiliar na organização da jornada de trabalho dos entregadores, cuja rotina é de muita pressão e nenhum suporte e garantias trabalhistas por parte das plataformas. Igor pretende que o aplicativo conte com uma fonte e dados sobre o trabalho nessas plataformas, que atualmente monopolizam as informações sobre as atividades.
A quinta edição do Boletim Desigualdade nas Metrópoles, produzido pela PUCRS Data Social, Observatório das Metrópoles/IPPUR e Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), explicita a desigualdade na distribuição de renda no país, a partir de dados do IBGE, ao mostrar que o aumento de renda domiciliar per capita não ocorreu de forma homogênea entre todas as classes sociais.
Texto publicado na coluna Observatório das Metrópoles nas Eleições do Rio, de autoria do professor Erick Omena, do IPPUR, e de Renan Suzano, pesquisador do LEPPEM/UFRRJ, recupera o histórico de experimentações democráticas no Rio de Janeiro para reforçar a necessidade de ampliação e de aprofundamento das práticas democráticas e participativas de gestão no território fluminense.
Expediente: Direção Fabricio Leal de Oliveira / Coordenação de Divulgação: Mariana Albinati e Claudia Paiva Carvalho / Editora-responsável: Mariana Guimarães de Carvalho / Assistente editorial: Luís Felipe de Assis do Nascimento / Apoio: Equipe Agência IPPUR.